22/08/2013

Ah, se fosse assim...

Como seria o mundo se o Wi-Fi fosse visível?

Artista projeta cores nas ondas de radiofrequência e mostra como seria o mundo se a internet sem fio fosse visível

Editora Globo
As cores são os canais sob os quais a banda se divide (foto: divulgação)


Como seriam as redes Wi-Fi se pudéssemos vê-las? Nickolay Lamm, um artista e blogueiro americano de 24 anos, projetou esse cenário dando cor à invisibilidade das ondas de radiofrequência. Em um post em seu blog, Lamm expõe as projeções, feitas sobre fotografias do National Hall, um grande espaço aberto entre o Capitólio, sede do legislativo do país, e o obelisco de Washington.
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Redes Wi-Fi são ondas que viajam a uma certa frequência (a mais comum, sob o protocolo 802.11, usa a de 2,4 Ghz) transmitindo dados a uma velocidade de até 11 Mbps. A distância entre as ondas, como explica Lamm, é mais curta que as de rádio e maior que as de microondas, o que diminui as possibilidades de interferência, ficando em torno de 15 cm entre cada. O que se vê nas imagens em colorido – vermelho, amarelo, verde, azul, etc – são os canais sob os quais a banda se divide. Os canais são usados para dividir o tráfego na rede (os mais usados são 6 e 11) e manter os dados fluindo. 


Os pulsos de rádio se irradiam esfericamente a partir da fonte do sinal, o hotspot, vulgo o seu roteador. Em ambientes fechados, o sinal consegue se espalhar por até 30 metros, com no máximo 11 Mpbs, ou até 50 metros, a uma velocidade de 1 Mbps. Em ambientes abertos, o alcance mais comum é de 100 metros e 500 metros, nas respectivas velocidades. 

Lamm escreve que, mesmo em lugares abertos, o sinal pode ser bloqueado por objetos como árvores. Por isso, o ideal é a instalação de múltiplos roteadores ou repetidores a fim de que toda a área seja coberta como se almeja.

Como melhorar o seu sinal Wi-Fi
Algumas dicas boas para se obter o melhor desempenho e alcance do sinal Wi-Fi na sua casa é manter sempre o aparelho atualizado (hardware e firmware), proteja a rede com senha (para evitar ladrões de sinal), instale o roteador no local mais central da casa, longe de microondas e televisores, use apps como o Wifi Analyzer (Android) e InSSIDer (PC) para encontrar sinais disponíveis e menos cheios (para mudar o canal do roteador é preciso resetar e configurá-lo), use repetidores para levar o sinal para cômodos de mais difícil penetração e faça gambiarras para ampliar o sinal de envio do roteador e de recepção do seu dispositivo (vamos imaginar um notebook). A técnica é bem crua: use formas de bolo (com a "boca" voltada para o computador) ou folhas de papel alumínio moldados de forma ligeiramente curva ou latas de alumínio (posicionadas próximo ao roteador).


Veja mais imagens do trabalho de Lamm:

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Eu vi este post, originalmente, no site da Revista Galileu.