29/01/2011

Google não pode ser responsabilizado por causa do Orkut!

Uia!!
Ainda não tenho uma ideia formada a respeito do assunto, porque isto interfere mesmo na livre expressão do pensamento. Mas, convenhamos, é preciso colocar um freio em determinadas comunidades que por lá (Orkut) surgem né? Li, esta semana, de uma comunidade onde um membro estava agradecendo a Deus pela tragédia no Rio de Janeiro. Literalmente, dizia ele, que a tragédia varreu a "negrada", e isto era bom! Um absurdo. É por isso que sou a favor de uma moderação rígida em alguns aspectos dessa suposta livre expressão do pensamento. O jargão é velho, mas vale: "não se deve confundir liberdade com libertinagem!"
 
Eis a notícia:
 
20/01/2011 - 08h07
DECISÃO
Google não pode ser responsabilizado por material publicado no Orkut
A Google Brasil Internet Ltda. não pode ser responsabilizada por material publicado em site de relacionamento mantido pela empresa. Essa foi a decisão dos ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao indeferir pedido de indenização por danos morais a mulher que, em primeira instância, obteve antecipação de tutela, posteriormente confirmada, para determinar a exclusão de todo o material ofensivo que relacionava o nome da autora.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) isentou o Google do pagamento de indenização por danos morais por entender que a fiscalização pretendida pela autora, na prática, implica exame de todo o material que transita pelo site, tarefa que não pode ser exigida de um provedor de serviço de hospedagem, já que a verificação do conteúdo das veiculações implicaria restrição da livre manifestação do pensamento.

Contra essa decisão do tribunal paulista foi interposto recurso especial ao STJ sob a alegação de que “o site em questão configura uma prestação de serviços colocada à disposição dos usuários da rede” e, por isso, existe responsabilidade objetiva. No recurso, afirma-se ainda que o compromisso assumido de exigir que os usuários se identifiquem não foi honrado, o que gera a falha no serviço. Por fim, alega-se negligência na prestação do serviço.

Para a relatora, ministra Nancy Andrighi, apesar de gratuito, o Orkut exige que o usuário realize um cadastro e concorde com as condições de prestação do serviço, gerando um banco de dados com infinitas aplicações comerciais e, por isso, é inegável a relação de consumo nos serviços de internet.

A ministra entende também que a responsabilidade do Google deve ficar restrita à natureza da atividade por ele desenvolvida naquele site: disponibilizar na rede as informações encaminhadas por seus usuários e assim garantir o sigilo, a segurança e a inviolabilidade dos dados cadastrais de seus usuários, bem como o funcionamento e a manutenção das páginas na internet que contenham as contas individuais e as comunidades desses usuários.

Em relação à fiscalização do conteúdo, a relatora considera que não se trata de uma atividade intrínseca ao serviço prestado, de modo que não se pode considerar defeituoso o site que não examina e filtra o material nele inserido. A verificação antecipada, pelo provedor, do conteúdo de todas as informações inseridas na web eliminaria um dos maiores atrativos da internet, que é a transmissão de dados em tempo real.

Em contraponto, a ministra Nancy Andrighi, afirma que, mesmo que fosse possível vigiar a conduta dos usuários sem descaracterizar o serviço prestado pelo provedor, haveria de se considerar outro problema: os critérios que autorizariam o veto ou o descarte de determinada informação. Seria impossível delimitar parâmetros de que pudessem se valer os provedores para definir se uma mensagem ou imagem é potencialmente ofensiva. “Entretanto, também não é razoável deixar a sociedade desamparada frente à prática, cada vez mais corriqueira, de se utilizar comunidades virtuais como artifício para a consecução de atividades ilegais”, declara.

Ao negar provimento ao recurso, a ministra destacou que os provedores de conteúdo não respondem objetivamente pela inserção no site, por terceiros, de informações ilegais e que eles não podem ser obrigados a exercer um controle prévio do conteúdo das informações postadas no site por seus usuários. Mas, devem assim que tiverem conhecimento inequívoco da existência de dados ilegais no site, removê-los imediatamente, sob pena de responderem pelos danos respectivos, mantendo, dessa forma, um sistema minimamente eficaz de identificação de seus usuários.

Como o Google adotou as medidas que estavam ao seu alcance visando à identificação do responsável pela inclusão no Orkut dos dados agressivos à moral da recorrente, os ministros da Terceira Turma, em decisão unânime, seguiram o voto da relatora, negando provimento ao recurso.

A questão pelo mundo
Esse é um assunto de repercussão internacional, que tem ocupado legisladores de todo o mundo e tem como tendência isentar os provedores de serviço da responsabilidade pelo monitoramento do conteúdo das informações veiculadas em seus sites.

Os Estados Unidos alteraram seu Telecomunications Act (Lei de Telecomunicações), por intermédio do Communications Decency Act (Lei da Moralização das Comunicações), com uma disposição que isenta provedores de serviços na internet pela inclusão, em seu site, de informações encaminhadas por terceiros.

A Comunidade Europeia também editou uma diretiva, intitulada “ausência de obrigação geral de vigilância”, que exime os provedores da responsabilidade de monitorar e controlar o conteúdo das informações de terceiros que venham a transmitir ou armazenar.

Contudo, essas normas não livram indiscriminadamente os provedores de responsabilidade pelo tráfego de informações em seus sites. Há, como contrapartida, o dever de, uma vez ciente da existência de mensagem de conteúdo ofensivo, retirá-la imediatamente do ar, sob pena de responsabilização.

Existe no Brasil iniciativa semelhante, o Projeto de Lei n. 4.906/01, do Senado Federal, que reconhece expressamente a incidência do Código de Defesa do Consumidor ao comércio eletrônico (artigo 30) e isenta os “provedores de transmissão de informações” da responsabilidade pelo conteúdo das informações transmitidas (artigo 35), desobrigando-os de fiscalizar mensagens de terceiros (artigo 37). Fixa, contudo, a responsabilidade civil e criminal do provedor de serviço que, tendo conhecimento inequívoco da prática de crime em arquivo eletrônico por ele armazenado, deixa de promover a imediata suspensão ou interrupção de seu acesso (artigo 38).

Publicado por Coordenadoria de Editoria e Imprensa no site do STJ

São Paulo é melhor que New York

É...
Pode parecer algo inverossímil, mas é verdade! Pelo menos para altos executivos de grandes empresas. Nossa megalópole tupíniquim é a que melhor paga estes profissionais. Mais que em New York, a meca do capitalismo mundial. Confira a matéria abaixo:

São Paulo é a cidade com mais altos salários
para executivos no mundo


O diretor de uma grande empresa instalada na cidade recebe US$ 243 mil, enquanto que o mesmo valor cai para US$ 213 mil em Nova Iorque


28 de Janeiro de 2011 | 16:03h
(Atualizada às 18h10)


Por Tatiana Americano


A cidade de São Paulo aparece como a capital na qual os presidentes e diretores de empresas recebem os mais altos salários do mundo, segundo uma reportagem divulgada pela revista britânica The Economist, sob o título “Big Country, Big Pay Checks” (o equivalente em português a: Grande País, Grandes Salários). A matéria se baseia em duas pesquisas salariais realizadas pela empresa brasileira de recrutamento Dasein Executive Search e pela AESC (Association of Executive Search Consultants) – associação que reúne consultorias especializadas em busca de executivos –, em 2010.

O levantamento da Daisen mostra que, em São Paulo, um diretor de uma grande empresa tem um salário de, em média, US$ 243 mil, enquanto que um CEO (principal executivo da empresa) recebe cerca de US$ 620 mil. O salário fica acima da média mundial das principais capitais do mundo e se justifica por dois principais fatores, de acordo com a Daisen: o excelente momento da economia local e o aumento dos investimentos no País.

"O Brasil é, realmente, a bola da vez", analisa o gerente de Negócios da Dasein, David Braga. "Há uns quatro ou cinco anos, os brasileiros tinham o sonho dourado de ir para os Estados Unidos e Europa para ganhar dinheiro, mas agora vivemos o momento contrário", completa Braga. Ele analisa ainda que muitos profissionais nascidos no País e que trabalhavam no exterior estão retornando, ao mesmo tempo em que diversos estrangeiros têm se interessado em atuar no mercado local.

No ranking de cidades que mais pagam os executivos em cargo de CEO e diretoria, depois de São Paulo, aparecem, respectivamente, Nova Iorque (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Cingapura (Cingapura) e Hong Kong (China), de acordo com a pesquisa da Dasein.


Veja comparativo das 5 cidades que melhor pagam executivos, segundo o estudo da Dasein:


Salário de CEOs (média anual em 2010)

São Paulo - R$ 620 mil

Nova Iorque - R$ 574 mil

Londres - R$ 550 mil

Cingapura - R$ 368 mil

Hong Kong - R$ 242 mil


Salários de Diretores (média anual em 2010)

São Paulo - R$ 243 mil

Nova Iorque - R$ 213 mil

Londres - R$ 179 mil

Cingapura - R$ 174 mil

Hong Kong - R$ 97 mil

Fonte: Olhar Digital

25/01/2011

Supremo deve derrubar pensão vitalícia de ex-governadores

Que bom começar o dia com uma boa notícia, né?
Pelo menos é o que me sugere o título. A matéria é do site jurídico Última Instância. Confira abaixo:

Pensões vitalícias de ex-governadores devem ser derrubadas pelo Supremo


24/01/2011 - 09h07

A polêmica em torno das aposentadorias vitalícias para ex-governadores e ex-parlamentares ganha cada vez mais repercussão, a medida em que novos casos de benefícios injustificáveis são descobertos. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) vai contestar no STF (Supremo Tribunal Federal) as leis estaduais que concedem o benefício a ex-governadores e ex-parlamentares, e o ministro Marco Aurélio Mello garante que o Supremo já tem jurisprudência para considerar a pensão inconstitucional.

A inconstitucionalidade ocorre pelo fato de a pensão não ser lastreada por nenhum fundo constituído, segundo Floriano de Azevedo Marques, professor de direito administrativo da USP. "Quando não se tem a fonte de custeio do benefício, a inconstitucionalidade é clara. Dar aponsentadoria a quem não contribuiu fere o princípio de isonomia", afirma.
Segundo o Presidente da OAB, Ophir Cavalcante a expectativa é que o STF, ao julgar um caso, edite uma súmula vinculante estendendo na prática a validade da decisão para os Estados.
Em entrevista ao Terra Magazine, Marco Aurélio de Mello disse que, caso a corte seja acionada pela OAB, o STF deve usar como precedente o caso de Zeca do PT, que governou o Mato Grosso do Sul durante dois mandatos e teve seu benefício cassado.
Para a OAB, as aposentadorias vitalícias obtidas, em alguns casos, após meses de mandato ferem os princípios constitucionais da moralidade e da isonomia.
A ação proposta pela OAB se dirige contra as leis estaduais que prevêm o benefício e não contra os ex-governadores. As atenções recaíram sobre os ex-governadores porque a pensão tem de ser solicitada.
Assim foi o caso do senador Alvaro Dias (PSDB) que pretende receber valores retroativos de aposentadoria por ter governado o Estado do Paraná. O tucano diz que tinha planos de doar à caridade o valor solicitado.
O senador Pedro Simon (PMDB) renunciou grande parte dos benefícios extrassalarias mas, em novembro pediu a aposentadoria de ex-governador do Rio Grande do Sul, 20 anos depois de ter adquirido o benefício, alegou estar em fase difícil.
Em Mato Grosso, os mandatos-relâmpago renderam aposentadorias para o ex-deputado Humberto Bosaipo (DEM)  que em 2002, assumiu o cargo por dez dias durante uma viagem oficial do então governador Rogério Salles (PSDB),e o então deputado Moisés Feltrin (DEM) ocupou o cargo por 33 dias, entre 1990 e 1991.
A OAB já encomendou, junto às suas seccionais nos Estados uma lista dos ex-governadores que recebem a aposentadoria; para a constestação junto ao STF.

24/01/2011

Google cria página para ajudar cidades em crise

Google Crisis Response torna a informação mais acessível crítica em torno de desastres naturais e crises humanitárias, como furacões e terremotos. Esta iniciativa é um projeto da Google.org , que utiliza os pontos fortes do Google em informação e tecnologia para criar produtos e defender políticas que respondam aos desafios globais.
Os tipos de atividades que podem iniciar incluem:
  • alertas de emergência Organizadora, novidades e oportunidades de doações e tornar esta informação visível através de nossas propriedades Web.
  • ferramentas de engenharia de construção que permitam uma melhor comunicação e colaboração entre os respondedores crise e entre as vítimas como Pessoa Finder e Localizador de Recursos
  • Fornecer imagens de satélite e mapas atualizados das áreas afetadas de infra-estrutura para ilustrar os danos e ajudar as organizações de ajuda navegar zonas de desastre
  • Apoio à reconstrução da infra-estrutura de rede onde ele tenha sido danificado para permitir o acesso à Internet
  • Doando para organizações de caridade que oferecem assistência direta sobre-o-terreno
Leia mais sobre os esforços do passado.
http://www.google.com/crisisresponse/

http://www.google.com/crisisresponse/brazil_floods.html

21/01/2011

Pesticidas exterminam as abelhas

Desaparecimento desses insetos ameaça a produção agrícola do planeta

Sem abelhas, agricultura fica comprometida
O misterioso desaparecimento de abelhas observado em vários países, inclusive no Brasil, pode estar associado ao uso de novos pesticidas. Os venenos matam esses insetos, segundo estudo do Laboratório de Pesquisa sobre Abelhas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado no jornal britânico "Independent".

A extinção das abelhas traz grande prejuízo à apicultura e contribui para a fome no planeta, pois 80% da produção de alimentos depende da polinização por abelhas e outros insetos.

Mesmo em dose muito baixa, os inseticidas, especialmente os neonicotinoides (como o imidacloprida) que imitam as propriedades da nicotina, matam as abelhas. Porém o laboratório Bayer, principal fabricante, insiste que eles são seguros para as abelhas, se aplicados corretamente.

O que se tem certeza é que os neocotinoides contaminam completamente as plantas, incluindo o néctar e o pólen, usados pelos insetos polinizadores. Assim o veneno acaba atacando o sistema nervoso dos insetos e as colméias entram em colapso.

Osmar Malaspina, professor do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp, alerta que a pulverização aérea - principalmente em plantações de laranja - é uma ameaça às abelhas.

Criador de um projeto de proteção aos polinizadores e autor de três livros sobre o tema, ele diz que a prática espalha inseticidas numa área muito grande, atingindo abelhas de apiário e as 1.500 espécies da natureza. Malaspina pesquisou de 2008 a 2010 a perda de 10 mil colmeias de abelhas africanizadas, mortas por inseticidas na região de Rio Claro, em São Paulo, num raio de 200 quilômetros. Em 800 a mil colmeias havia sinais de neonicotinoides.

Média anual de mortes nas colmeias atinge 30% Ele quer formar um grupo com representantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, do Ibama e de fabricantes para estabelecer políticas de aplicação e controle dos pesticidas:

-- Não somos contra inseticidas, mas devemos estabelecer uma política adequada para minimizar seus efeitos. Na região Sul do país, as abelhas sumiram, mas por outro motivo, diz Malaspina. - Muitas vezes, a colméia diminui e não se veem abelhas mortas. Isso indica que elas migraram para outro ponto em busca de alimento. Quando um apicultor encontra abelhas mortas, é quase certo que morreram por inseticida.

Em países da Europa, como Itália, França e Alemanha, apesar da mortalidade de abelhas ter sido menor que nos Estados Unidos nos últimos três anos, alguns venenos foram proibidos. Nos EUA, a destruição das colmeias atingiu 23% de todas as criações entre 2006 e 2007. Na União Europeia o estudo "A saúde das abelhas melíferas" reforça a preocupação de cientistas e apicultores com a sobrevivência desses insetos.

A média anual de baixas nas colmeias chegou a 30%, quando a mortalidade natural é de 10%. O uso de pesticidas seria o motivo.

Há outras hipóteses para o sumiço das abelhas. Uma delas, da Universidade de Columbia, afirma que o fenômeno seria causado pelo vírus IAPV. Também se especulou que a causa seria radiação de celulares e aquecimento.

Fonte: (Jaqueline Falcão) - (O Globo, 21/1) - Jornal da Ciência

17/01/2011

Deputados de verão!

Deputados de verão: R$ 643 mil só em salários

Desde o início do recesso parlamentar, Câmara empossou 39 deputados que não deverão participar de nenhuma sessão deliberativa. Cada um com salário de R$ 16,5 mil e demais benefícios atrelados ao mandato

Um salário de R$ 16,5 mil, uma verba de R$ 60 mil para gastar com até 25 funcionários, uma cota de R$ 23 mil a R$ 34 mil para cobrir despesas com passagens aéreas, alimentação, combustíveis, telefone, entre outras coisas. Auxílio-moradia de R$ 3 mil, plano de saúde, passaporte diplomático, carteira de deputado. Todos esses benefícios garantidos aos parlamentares estão à disposição dos 39 deputados que assumiram uma vaga na Câmara durante o recesso.  Em sua maioria, são deputados que assumem em substituição a secretários e ministros que tomaram posse no dia 1º de janeiro, que serão parlamentares apenas por um mês, até a posse do novo Congresso, dia 2 de fevereiro. Apenas com o salário dos “deputados de verão”, a Casa gastará R$ 643 mil em janeiro, mês de recesso parlamentar, em que não há nenhuma atividade, nenhuma sessão prevista no Parlamento, nem mesmo para discursos.
O valor das despesas geradas, no entanto, deve ser bem superior. Não estão computados aí os gastos com gabinete e os ressarcimentos das despesas, valores que só serão conhecidos após o encerramento da legislatura. Em tese, se todos os 39 deputados empossados no recesso gastassem os cerca de R$ 100 mil reservados a cada gabinete, as despesas com esse grupo em apenas um mês chegariam a R$ 3,9 milhões.
Entre os novos deputados, 13 assumiram o mandato em algum período nos últimos quatro anos. Os outros 26 tomam assento na Casa pela primeira vez na atual legislatura. Entre eles, há 18 que passarão a usufruir das prerrogativas de ex-parlamentares, como poder transitar livremente pelo plenário, sem nunca terem participado de uma única sessão no Congresso. Os demais já foram deputados em legislaturas anteriores.
Apesar da falta de votações, os deputados recém-empossados asseguram que o período é de bastante trabalho. A maioria dos parlamentares ouvidos pelo Congresso em Foco admite que o tempo que lhes foi ofertado é curto e abre caminho para questionamentos. Eles, no entanto, são unânimes ao afirmar que estão cumprindo uma série de compromissos e dando retorno à sociedade.

Trabalho de casa
Governador-tampão do Distrito Federal até o dia 1º de janeiro, Rogério Rosso (PMDB-DF) assumiu na Câmara no último dia 12. Herdou a vaga do novo vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB-DF). O deputado diz que não vai dar custo algum à Câmara: mantém seu gabinete trancado, sem nenhum funcionário, e trabalha de casa. Rosso afirma que não vai gastar nem mesmo a energia elétrica da Casa e que vai repassar os R$ 16,5 mil de salário para duas instituições que cuidam de dependentes químicos no DF.
O ex-governador conta que pretende apresentar seis projetos ainda este mês. Como essas propostas irão para o arquivo com o final da legislatura, ele diz que já combinou com alguns parlamentares que peçam o desarquivamento das propostas na próxima legislatura. Com o fim da legislatura, os projetos apresentados por parlamentares sem mandato são arquivados.
“Não contratei ninguém. O gabinete está com zero número de pessoas. Ele está fechado. Não vou gerar despesa”, afirma o peemedebista. “Não quero gastar nem a luz da Câmara. Trabalho de casa, moro em Brasília. Estou me concentrando na apresentação desses projetos. Estou fazendo eu mesmo com a ajuda de técnicos amigos, advogados e pessoal de sindicato”, acrescenta o ex-governador. Fora da Câmara, a partir de 1º de fevereiro, ele pretende voltar a estudar para se “reciclar” na área jurídica.

Na Copa do Mundo
O deputado Edinho Montemor (PSB-SP) diz considerar “uma grande bobagem” as críticas feitas aos gastos com a posse de parlamentares que exercem o mandato por apenas um mês. “Não ligo para isso. Quando você é convocado para ir a uma Copa do Mundo, não importa se você só entra aos 44 minutos do segundo tempo. Você jogou a Copa do Mundo. O importante é como você utiliza o tempo. Estou aproveitando o tempo da melhor maneira possível e cumprindo um dever constitucional”, diz o deputado. “Tem parlamentar que fica quatro anos e não faz nada”, critica.
Parlamentar na legislatura passada, ele assumiu no último dia 5 na vaga do ex-líder do PSB Márcio França. Edinho diz que vai apresentar até o final do mês uma proposta proibindo a publicidade de bebidas alcoólicas em eventos esportivos. Ele diz que já conversou com um colega para que cuide da tramitação do novo projeto na nova legislatura. O deputado afirma que tem se movimentado para atender a demanda de sua região e acelerar a votação de propostas antigas de sua autoria. “Pedi o desarquivamento de um projeto de minha autoria e estou acompanhando vereadores e prefeitos em pleitos nos ministérios”, conta o parlamentar paulista.

Peixe fora d’água
Formado na primeira turma de engenharia de pesca do Brasil, em 1974, Itamar Rocha (PMDB-RN) vai ficar menos de um mês no Congresso com uma certeza: a política não é a sua “praia”. A julgar pelas palavras do novo deputado, que tomou posse no último dia 5, esta será sua primeira e única experiência no Parlamento. “Nunca fui nem vereador, sempre fui líder empresarial. Esta não é a minha praia. Tive de assumir porque está na Constituição. Vou tentar usar o breve espaço aqui para encaminhar nossas preocupações e as propostas do nosso setor”, afirma o peemedebista, que preside a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC).

“O Brasil importou quase 1 bilhão de dólares na pesca ano passado. Hoje somos o quinto maior importador de pescado do mundo. Enquanto isso, o governo está gastando R$ 900 milhões de seguro-desemprego com pescador. Isso não é justo”, reclama.
Nos últimos dias, ele participou de encontros com a ministra da Pesca, Ideli Salvatti. Novas audiências com a ministra e representantes do setor no Nordeste estão sendo costuradas pelo deputado. Itamar não tem dúvida de que a passagem pelo Congresso facilitará sua atuação. “A condição de ex-deputado facilitará meu trabalho no Congresso; mesmo não tendo sido o que pleiteei em 2006, valeu a pena. Meu trânsito será outro”, considera.
Itamar diz não se sentir frustrado por ter menos de um mês para exercer o mandato. “Frustração tive de não ter sido eleito, embora não tivesse grande expectativa, por ser da Paraíba, por não ter sido vereador, nem fazer parte de nenhuma família que domina a política do Rio Grande do Norte. Não sou Rosado, nem Alves, nem Maia”, conta.  O deputado conta que manteve toda a estrutura de Betinho Rosado, deputado reeleito que se licenciou do mandato para assumir a secretaria de Agricultura do Rio Grande do Norte.


Trabalho retomado
De volta à Câmara após quatro anos, a deputada Iara Bernardi (PT-SP) diz estar aproveitando o mês de mandato para dar continuidade a ações iniciadas por ela na legislatura passada. “Mesmo quando o mandato termina, as ações continuam. O trabalho para mim sempre foi ininterrupto”, avalia a petista, que vinha atuando como representante do Ministério da Educação em São Paulo.
Segundo a deputada, o tempo tem sido útil para que ela ajude na renovação de convênios, no encaminhamento das demandas de sua região e na participação de audiências com autoridades federais e regionais. Na avaliação dela, o trabalho parlamentar ainda é objeto de incompreensão por parte da sociedade. “Muitas vezes a imprensa trata como se a atividade parlamentar fosse um modelo de trabalho igual a outro qualquer. Duvido que qualquer deputado não faça visitas à sua base quando volta de Brasília. Tem atividades sexta, sábado e domingo”, declara.
Iara é autora do projeto de lei em tramitação no Senado que torna crime a discriminação de homossexuais e coíbe a chamada homofobia. Na suplência da coligação do PT, a deputada vive a expectativa de voltar à Câmara na próxima legislatura, que começa em fevereiro.

Fonte: Congresso em Foco

04/01/2011

Problemas coletivos

Olá amigos,

Como todos sabem, gosto de andar de Mercedes-Benz, o popular busão! Hoje, entretanto, o post volta-se para reclamar. Tanto dos horários praticados durante as férias escolares (eles mudam todos os horários e não comunicam ninguém por meio dos letreiros nas estações) quanto pela condição de trafegabilidade dos ônibus.
Minha reclamação é pontual (porque pode ser, né, que em alguma linha esteja tudo ok. Então, não posso ser tão generalizante assim!!). Trata-se da linha 8, que alimenta o setor Santo Amaro. É a linha que pego para ir ao serviço e também para chegar ao centro da cidade - até a Estação Apinajé (a que fica próximo ao palácio).
Em relação aos horários, os placares afixados na Estação estão todos (em sua maioria, digo), desatualizados e levam o passageiro a erro, principalmente porque os motoristas cumprem os horários estipulados pela empresa, mas que não estão divulgados corretamente para o público. Os motoristas não têm culpa nisso! A empresa é que deveria prestar o serviço público de maneira adequada, afinal de contas é uma concessão, e com o tempo de vigência a perder de vista. Isto sem falar que é "uma" empresa só a prestar o serviço em Palmas!
Ocorre que em dias "normais" (escolares) os horários são cumpridos, o trabalhador chega no serviço no tempo certo! Mas, basta entrar no período de férias e a coisa degringola: os motoristas cumprem horários que não estão divulgados para o público em geral. Então, o quiprocó está armado! O cidadão vai para o ponto de coletivo, no seu horário costumeiro e, surpresa! O ônibus passa 15 e até 20 minutos depois do previsto! Culpa do motorista que ficou na estação batendo papo com o ônibus estacionado no bolsão? Não! Culpa da empresa que não divulga os horários corretamente para a população!
Liguei para a empresa (porque eu tenho o telefone, mas nem todos têm) para reclamar e me explicaram os horários de férias da minha linha (ohhh!!). Agora eu sei que, para não chegar atrasado, terei que ir para o ponto pelo menos 40 minutos antes do que era costumeiro fazer! Puxa, que eficiência né? Precisei ligar para a empresa para saber do serviço que eles deveriam divulgar para todos!

A outra reclamação vou deixar que as imagens falem por elas mesmas:

Foto do meu celular
Foto do meu celular


Foto do meu celular



Repararam que o ônibus está em movimento? O motorista, questionado, respondeu que a porta não está fechando, e continuou acelerando! Isto sem falar na manutenção (vez por outra ele quebra na buraqueira do caminho para o Santo Amaro). É isso aí! Se alguém se dignar a responder (ATTM, Empresa Miracema ou em quem achar que a carapuça dessa reclamação serve) o blog  (email: samucajor@gmail.com) está aberto para publicar sua resposta - desde que venha com as devidas credenciais (o blog é meu e me reservo o direito de não levar para meus seguidores/leitores textos que não tragam solução para esta realidade ou que tenham palavras de baixo calão). Respostas e/ou comentários para publicação serão devidamente moderados! E tenho dito!!