29/04/2011

Fukushima e as redes sociais

Como a nuvem radioativa de Fukushima afetou as redes sociais globalmente

Eu vi aqui

'Casamento real' e os súditos da mídia

Por Altamiro Borges, do Blog do Miro

A busca por audiência não deve ser a única justificativa para a overdose midiática na cobertura do "Casamento Real". Revistonas dão capas melosas para a união do príncipe William com a "plebéia" Kate. Jornalões gastam papel com fofocas e futricas. O pior, porém, ocorre nas emissoras de televisão – em todas elas, sem exceção. Blocos e blocos nos telejornais para divulgar banalidades.

A mídia corporativa parece adorar a vassalagem. É servil diante das monstruosidades imperiais dos EUA, assim como é vassala diante da monarquia decadente da Grã-Bretanha. A mídia dominante reproduz a ideologia das classes dominantes. Criminaliza os pobres e reverencia os ricaços – inclusive as ostentações e sandices da decrépita "família real".

Monarquia decadente e parasitária
Na difusão dos valores "morais" da aristocracia, a imprensa sensacionalista deixa de lado até as agruras do capitalismo no país. No primeiro trimestre deste ano, o PIB britânico cresceu apenas 0,5% - após uma contração, também de meio por cento, nos últimos três meses de 2010. Milhões de trabalhadores estão sem emprego e salário, mas a mídia só fala no tal "casamento real".

A decadente monarquia agradece tanta vassalagem. Com as festanças, ela tenta sair do atoleiro. No ano passado, a "família real" foi obrigada a cortar 12,2% das despesas oficiais com sua vida parasitária. Mesmo assim, a realeza custou mais de 46,1 milhões de euros para os contribuintes britânicos – seis vezes mais do que outra monarquia decadente, a da Espanha.



Números do casamento real

Na mídia
10 segundos é o intervalo em que o casamento do príncipe William e Kate Middleton é citado na internet nos últimos dias antes do evento, segundo a consultoria de marketing Greenlight.
2 bilhões de pessoas devem assistir ao casamento real pela televisão em todo o mundo, de acordo com o governo britânico.
327 milhões de fotos relacionadas com o casamento devem ser tiradas por câmeras digitais no dia 29 de abril, segundo pesquisa realizada para a fabricante de máquinas fotográficas Nikon.
7.000 jornalistas de todo o mundo foram credenciados para cobrir o casamento, segundo estimativa da Associação da Imprensa Estrangeira.
22 estúdios de televisão foram montados em frente ao Palácio de Buckingham.

As reações dos britânicos
37% estão genuinamente interessados no casamento, de acordo com pesquisa da empresa ICM para o jornal The Guardian.
63% acham que o país está melhor com a monarquia do que sem ela, segundo a mesma pesquisa.

Economia
3,5 milhões de canecas decoradas com fotos de William e Kate devem ser vendidas até o casamento, segundo o Centro de Pesquisas do Comércio Varejista.
R$ 1,6 bilhões (630 milhões de libras) é o que a boda deve render ao comércio do país, segundo a consultoria Veredict.
R$ 15 bilhões (6 bilhões de libras) é o valor do prejuízo que o feriado decretado por causa do casamento pode trazer ao Reino Unido, de acordo com a Federação da Pequena Empresa.
R$ 594 milhões (216 milhões de libras) é o que o setor de turismo deve faturar com o evento, de acordo com a Veredict.

A noiva
R$ 86 milhões é o valor do anel de safira azul e diamantes que Kate Middleton recebeu do príncipe William no noivado e que pertenceu à Princesa Diana.
R$ 0,75 é o preço mínimo da cópia em acrílico e metal do anel de Kate na China.
R$ 960 (349 libras) é o preço do vestido azul da Issa London que a futura princesa usou no anúncio oficial do casamento.
R$ 44 (16 libras) é o valor da cópia em jersey vendida na rede de supermercados Tesco.
R$ 257 mil (ou 100 mil libras) é o que a família de Kate vai desembolsar para custear parte das despesas do casamento, segundo o jornal The Sunday Times.
R$ 77 mil (30 mil libras) é o preço estimado do vestido da noiva, de acordo com o Sunday Times.
R$ 10 mil (4.000 libras) é o valor da suíte do Goring Hotel, onde Kate Middleton vai passar a noite anterior ao casamento, no hotel Goring.

Na Abadia de Westminster
Quatro damas-de-honra e dois pajens, com idades entre três e 1dez anos, vão acompanhar Kate até o altar.
Cinco carruagens vão levar os recém-casados, os padrinhos, a rainha Elizabeth 2ª e os pais do casal até o palácio de Buckingham após a cerimônia.

18 cavalos vão ser usados no cortejo.
103 cantores e músicos – sendo 30 deles crianças – vão se apresentar durante a cerimônia religiosa.
Um fotógrafo, Hugo Burnand, fará as fotos oficiais do casamento.
Dez sinos da abadia de Westminster serão tocados por meia hora antes do início do casamento.
5.000 badaladas serão soadas após o final da cerimônia, o que pode resultar em até três horas de sinos tocando ininterruptamente.
766 anos é a idade da abadia de Westminster.
15 casamentos reais foram realizados no templo.
1 milhão de pessoas visitam o local a cada ano.

A festa
1.900 convidados devem assistir à cerimônia na abadia de Westminster.
650 convidados participam de um coquetel oferecido pela rainha Elizabeth 2ª no palácio de Buckingham.
300 familiares e amigos ficam no palácio para o jantar seguido de baile, oferecido pelo príncipe Charles.
Dois bolos serão servidos aos convidados no almoço.
26 organizações não-governamentais e de caridade foram escolhidas por William e Kate para receberem doações de quem quiser dar a eles presentes de casamento.

A segurança
5.000 policiais estão escalados para todo o esquema de segurança antes, durante e depois do casamento.
911 policiais serão especialmente destacados para vigiar a rota do cortejo real.
Três helicópteros da polícia vão acompanhar a movimentação em Londres.
35 cães farejadores serão usados para o policiamento no dia 29 de abril.
Fonte: R7

27/04/2011

Vamos fazer uma pausa?

Ninguém pensou nos jovens




Por Cora Rónai


Não, eu não fui ao Theatro Municipal no dia da abertura da temporada da OSB. Muito me arrependo: perdi um espetáculo histórico, uma lição de cidadania e de lealdade dada por jovens instrumentistas solidários com seus mestres e colegas.
Recapitulando, para quem estava de férias em Marte: a nossa Orquestra Sinfônica Brasileira, tal como a conhecíamos, acabou. Metade dos músicos foi demitida pela Fundação OSB, por se recusar a passar por uma avaliação, se não mal intencionada, pelo menos muito mal explicada pelos diretores. A questão é que um bom maestro tem a possibilidade de avaliar seus músicos a cada ensaio, assim como, digamos, um bom editor avalia a sua equipe a cada edição do jornal. Mal comparando, propor a avaliação de toda uma orquestra, nos moldes propostos pela FOSB, equivale a mandar uma redação inteira fazer vestibular de jornalismo.
Bom. Com a OSB no limbo, a abertura da temporada caiu em cima da OSB Jovem, que fez tudo direitinho. Entrou em cena com seus instrumentos, sentou-se e, assim que o maestro, debaixo de vaias, ergueu a batuta, levantou-se em peso e retirou-se do palco, deixando o senhor Minczuk colher a tempestade que tinha plantado.
Representantes da OSB Jovem retornaram ao palco pouco depois, para ler um manifesto, mas a palavra lhes foi negada. O que queriam dizer os jovens?  Leiam o que escreveu Matheus Moraes, um dos membros dessa valente e correta orquestra:
“Por que nós fizemos o que fizemos? Antes de responder a essa pergunta, eu gostaria de fazer uma outra, que me consumiu por noites inteiras: por que o concerto não foi cancelado? As razões pelas quais o concerto deveria ter sido cancelado não cabem numa carta. A OSB está passando por uma crise de proporções nunca vistas. Praticamente toda a comunidade musical se manifestou contra o que está sendo feito pela FOSB. Só de cabeça, a Unirio, a UFRJ, a Fundação Villa-Lobos, a Petrobrás Sinfônica, a Sinfônica do Theatro Municipal, a Ordem dos Músicos do Brasil e o SindMusi publicaram notas oficiais em repúdio. Artistas de calibre internacional se recusaram a se envolver com a orquestra nesse período, como Nelson Freire, Cristina Ortiz, Roberto Tibiriçá, Ana Botafogo, Alex Neoral, Fabiano Segalote e Marina Spoladore, ou manifestaram-se por carta aberta contra as atitudes da FOSB, caso de Isaac Karabtchevsky, Alex Klein, Ricardo Rocha, Allison Balsom e dúzias de outros.
Nós, músicos jovens e (pelo menos no meu caso) pouco experientes, nos vimos na posição de substitutos involuntários de nossos colegas – e em inúmeros casos, também nossos professores, mentores, amigos, exemplos profissionais. Nós sofremos com isso, e não foi pouco.  Nós fomos colocados como defensores das atitudes de nossos superiores. Afinal de contas, se continuamos tocando sob suas ordens e acatando suas decisões, como poderíamos estar a favor de nossos colegas demitidos?
Fora tudo isso, havia o acúmulo de carga em volta do concerto em si. Mais de uma vez, os assinantes das séries da OSB vieram a público manifestar que não queriam, nem haviam pago, para assistir a uma orquestra jovem. É fato sabido que músicos da OSB estariam tocando do lado de fora do teatro em protesto; e que músicos de outros grupos e localidades entrariam no teatro com o único intuito de protestar contra Minczuk e vaiar os músicos.  
Coloquem-se, por um minuto, na situação em que a OSB Jovem se via: seu público dividido entre assinantes desconfiados e músicos hostis, e, do lado de fora, nossos ofendidos colegas e mestres tocando em protesto ao concerto que nós estaríamos executando. Daí a minha pergunta: por que o concerto não foi cancelado? Por que esse concerto foi levado a cabo, até às últimas conseqüências, se tudo e todos estavam contra ele?
A OSB Jovem é um projeto pedagógico; nós estamos ali para aprender. O que poderia ser aprendido sob essas condições? Por que nem um único dos 11 membros do Conselho levantou a questão de o quanto estar naquele palco, naquele dia, seria prejudicial para nós? Colocando de outra maneira, entre Maestro, Fundação, Conselho, patrocinadores, produção e público; por que ninguém pensou na gente?”
Parabéns, Matheus, parabéns, meninos e meninas. Ninguém pensou em vocês, mas vocês souberam pensar por si próprios, e deram aos adultos uma linda aula de coragem e lealdade.
A essa altura, não há uma só orquestra no mundo que ignore o que está acontecendo no Rio. Entre as centenas de emails que circulam à velocidade da luz pela internet, destaco um trecho de Ole Bohn, spalla da Orquestra Nacional da Noruega, enviado para a garotada da OSB Jovem:
“Como vocês sabem, o único responsável por esta situação é o senhor Minczuk. Ele usou mal o seu próprio instrumento, que são seus músicos. Quando tentou tocar outro instrumento – vocês – ele o maltratou igualmente. Mas vocês se mantiveram firmes e merecem a nossa maior consideração. (....) O que vocês fizeram terá grande impacto no futuro de músicos em todos os países. Vocês nos deram esperança e a prova de que dignidade e respeito ainda são parte da nossa profissão.”

Vi no InternETC

25/04/2011

O relativismo rasteiro do aluno (e do professor!)

Por Paulo Ghiraldelli Jr(*)
28/02/2011

Parece que o relativismo saiu do campo filosófico, onde tem algum sentido, e adentrou para o âmbito do senso comum, tornando-se um alimento esquisito de estudantes ruins e, agora, até de professores – em geral os formados em faculdades particulares pouco recomendáveis.
O caminho pelo qual o senso comum chegou ao relativismo pode ter a ver com alguma derivação da filosofia. Trata-se do rapaz ou da garota que ouviu em algum lugar a frase de Nietzsche “só há interpretação” e, então, acredita que pode escrever suas opiniões na prova e, ao final, jogar esse pó de pirilimpimpim nos olhos do professor e exigir uma nota boa. Este, atordoado, tem de lhe dar uma nota. Quando é só o aluno que faz isso, tudo bem. Mas quando até mesmo o professor (universitário!) já chegou a este ponto, as coisas realmente vão de mal a pior. Os Estados Unidos viveram isso. Com a inclusão digital de Lula, estamos podendo notar melhor que o Brasil, mutatis mutandis está chegando ao mesmo Calvário, onde ocorrerá a crucificação da verdade e do certo, indistintos do falso e do errado. Se antes já não se podia falar do belo, pois alguém vinha glorificar a estupidez com a frase “beleza não se põe na mesa”, agora as novas gerações acham que Nietzsche e outros “pós-modernos” irão lhes autorizar a não ler mais nada, pois podem dizer qualquer coisa de qualquer coisa.
É desagradável tirar a chupeta da boca dessa juventude, mas, enfim, está na hora desse pessoal chegar à vida adulta. Para tal, vou contar um segredo (de Polichinelo): o falso é o falso, o errado é o errado, o verdadeiro é o verdadeiro e o certo é o certo. Nada mudou. Ou melhor, o que mudou não os atinge.
A postulação relativista não se sustenta pela lógica. E sem a lógica, não temos como conversar. Pois veja, se digo que “só há interpretação”, então essa frase também é só uma interpretação (a mais) e, portanto, não tenho razão nenhuma para lhe dar grande valor. Ela vale tanto quanto a sua contrária, que nega que o enunciado “só há interpretação”. E eis que estamos enredados numa situação complicada: quando afirmamos, negamos o que afirmamos.
É esquisito que o jovem não perceba isso, que é algo simples e básico da lógica, e queira a qualquer momento sacar o seu “tudo é uma questão de ponto de vista” para dizer algo que não está implícito aí nessa frase que é “tudo é uma questão de ponto de vista, e ponto de vista cada um tem o seu, que deve ser considerado válido”. Ou seja, o relativismo, graças a um democratismo que nada tem de democrático, se envolve na criação de um sofisma. O sofisma é jogado como casca de banana no pé do professor. Este, estando no mesmo plano de argumentação do aluno, não consegue então dar a nota ao trabalho do aluno. Resta a ele dizer, autoritariamente, que o aluno errou. O aluno irá dizer: “não errei, o senhor é que não consegue conviver com a minha opinião divergente”. Ponto final. O professor, vitimado pela esperteza pouco inteligente do aluno, tem de engolir essa, dado que sua formação é tão triste quanto a que o aluno quer obter.
Bastaria o professor mostrar que a frase “só há interpretação” não se sustenta para calar o aluno. Mas ele, professor, já não pensa mais logicamente. Aliás, ele próprio não percebe a falácia. Ou, pior ainda, ele ouviu alguém dizer que Nietzsche pronunciou essa frase e viu muitos comentarem, então ele acredita que ela valha também para questões da prática do “como corrigir uma prova”. Ele não percebe que o “só há interpretação”, na boca de Nietzsche, diz respeito a uma tentativa filosófica de ir além da lógica. Mas sem chutar a lógica. “Só há interpretação” diz apenas que há múltiplas perspectivas. Nietzsche nunca disse que todas as perspectivas são equivalentes. Nietzsche adotou o perspectivismo, não o relativismo.
Mas, então, qual o critério para Nietzsche avaliar as perspectivas? Nesse caso, a conversa sai do campo comum e entra para a própria doutrina de Nietzsche. Ele advoga uma perspectiva que não seria a do homem, a minha ou a de qualquer outro enquanto bípede-sem-penas, mas a perspectiva da vontade de potência. Bem, mas o que é e o que faz a vontade de potência? Eis então que os scholars se digladiam: uns apóiam a idéia de que se trata de um princípio metafísico e outros afirmam que se trata de um elemento cósmico ou, ainda, de uma metáfora para poder conversar além da conversação “demasiado humana” (presa ao Humanismo). Mas, a essa altura, já não estamos mais falando de questões práticas que permitem avaliar uma prova. Estamos já dentro de um complexo pensamento filosófico. Cabe então, voltar à prova do aluno.
Na prova do aluno, as coisas são simples: pois o que se compara são textos, e a comparação, portanto, é de ordem empírica. Há o que podemos concordar que se trata de uma descrição e há o que podemos concordar que já é uma interpretação. Mas, se na escola primária não ocorreu o aprendizado de como fazer a descrição, a partir de olhar um quadro, e em cima disso, o aprendizado de fazer uma interpretação, então, mais tarde, realmente tudo fica muito confuso. Ou seja, por um problema de má-alfabetização, alguém pode muito bem chegar à faculdade querendo ler filosofia sem nem poder ler O Pato Donald. Isso ocorre com muita gente. São pessoas assim que não conseguem entender o que estão lendo, pois não sabem mais as hierarquias narrativas que um texto cria. Entendem as palavras, mas não conseguem entender os níveis de complexidade dos textos. Lêem de modo errado e quando escrevem produzem algo infantil, até meio estúpido, para não dizer maluco.
O caos mental de pessoas assim as faz acreditar (ou simplesmente se agarrar nessa muleta) que “cada um tem sua verdade”, e que a verdade não tem mais nenhuma objetividade. Não conseguem entender os manuais de filosofia quando estes dizem que a verdade é objetiva. Acreditam que a verdade é subjetiva. Mas não é. A verdade é um adjetivo de enunciados, especialmente proposições, e para uma proposição só há duas possibilidades, ou é (objetivamente) verdadeira ou é (objetivamente) falsa. “A banana está sobre a mesa” – cabe dizer desse enunciado que ele é falso se não há a banana em cima da mesa e cabe dizer que ele é verdadeiro se há a banana em cima da mesa (da mesa em questão). Isso é objetivo. Agora, se alguém me diz como que eu justifico a verdade de “A banana está sobre a mesa” e a banana está sobre a mesa, eu posso dizer que minha justificação é dada, por exemplo, pela frase “eu vi a banana sobre a mesa”. Alguém pode dizer que eu fui enganado, que era um bastão, não uma banana. Eu posso ampliar a justificação, dizendo “eu vi bem de pertinho e minha mãe estava comigo e também viu, era uma banana”. E assim por diante, seguem-se as justificativas.
Posto o valor verdadeiro de um enunciado, o que pode ser chamado de subjetivo são as justificações para sustentar o valor verdadeiro (ou falso de uma proposição). E essas justificativas não são quaisquer. Elas são boas quando mostram plausibilidade diante de platéias interessadas (e competentes, dentro de uma certa possibilidade do tempo e do espaço). No caso do aluno, a platéia é o professor e a comunidade científica representada pelo professor.
É difícil expor essa história diante do caos em que está a educação brasileira. Mas, o que cabe a todos nós filósofos, ao menos no Brasil, é a tarefa de não nos trancarmos e, enfim, continuarmos nessa batalha. Sei que alguns colegas desistiram e foram para os gabinetes ler o seu autor preferido. Eu sei disso! Mas, isso pode ser um perigo daqui um tempo. Podemos estar criando uma sociedade inteira que poderá ter uma dificuldade imensa de ler a revista Caras.

(*) Paulo Ghiraldelli Jr é filósofo, escritor e professor da UFRRJ

Também disponível em http://ghiraldelli.pro.br/2011/02/28/o-relativismo-rasteiro-do-aluno-e-do-professor/

22/04/2011

Jesus Alegria dos Homens

Eu sempre achei os japoneses geniais.
Quando acho que não, eles sempre surpreendem...
Veja esta propaganda de celular...
É simplesmente impressionante o que conseguem fazer...
Me diga se não é sensacional!!



Fonte: Recebido por email

20/04/2011

Provérbios Jornalísticos

  • Diga-me com quem andas que eu publicarei na revista de fofocas.
  • Depois da tempestade, vem a matéria de enchente.
  • Em terra de pessoa jurídica, quem tem carteira assinada é rei.
  • Quem nada deve com certeza não é jornalista.
  • De follow-up em follow-up o assessor de imprensa enche o saco
  • Aqui se faz frila, aqui não se paga.
  • Atrás de um grande repórter de TV, há sempre um grande produtor.
  • Quem indica, amigo é.
  • A pressa é inimiga da boa apuração.
  • Não há folga que sempre dure, nem plantão que nunca se acabe.
  • Mais vale um frila na mão do que cem vagas de correspondente internacional voando.
  • Não adianta chorar sobre o furo tomado.
  • Em redação que tem estagiário bonitinho, jornalista cultural caminha de costas.
  • Quem tem boca vai à coletiva de imprensa filar um rango.
  • Devagar se perde o deadline.
Obs.: recebido por email
P.S.: quem souber de outros é só enviar (samucajor@gmail.com)

13/04/2011

Tocantins lidera em acidentes de trânsito fatais

ACIDENTES DE TRÂNSITO

Tocantins é o estado mais violento

BRASÍLIA - O Tocantins é o estado com maior taxa de mortalidade em acidentes de trânsito, segundo o Caderno Complementar - Mapa da Violência 2011: Acidentes de Trânsito. Em 2008, foram registrados 35,6 óbitos para cada cem mil habitantes naquele estado. O Mato Grosso ficou logo atrás, com 35,5. O Rio de Janeiro, por sua vez, teve a sexta menor taxa do país: 16,5.
Das 27 unidades da Federação, sete apresentaram taxas acima de 30 óbitos. O autor do estudo, Julio Jacobo Waiselfisz, ressalvou que a falta de especificações sobre os tipos de acidentes dificulta comparações entre os estados. Ao lado da taxa de cada estado, o balanço registra a qualidade da informação disponível: no caso do Rio, ela é média. Apenas três unidades da Federação figuram como tendo dados de alta qualidade, conforme os registros no Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde: Sergipe, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Dos 5.564 municípios brasileiros em 2008, pouco mais de dois terços - 3.753 (67,5%) - apresentaram óbito por acidentes de trânsito, de acordo com o levantamento. O balanço mostra também que, quanto a óbitos de ciclistas no trânsito, várias unidades da Federação estão acima da média nacional: Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O levantamento destaca que "só duas unidades ultrapassam a casa crítica dos dez automobilistas mortos para cada cem mil habitantes: Tocantins e Mato Grosso".
O mapa apresenta rankings variados por municípios. No de vítimas em acidentes de carro, a cidade de Prata (MG) teve a taxa mais alta em 2008: 86,6/100 mil habitantes; seguida de Gurupi (TO), com relação de 45,7, e Três Corações (MG), com 42,7. No caso de motociclistas, Picos (PI) está na ponta, com pior índice: 43,8/100 mil; seguido de Tucumã (PA), com 36,4, e Juína (MT), com 35,4.
No ranking de vítimas pedestres, Campina Grande do Sul (PR) é a "campeã", tendo apresentado taxa de 53,7 óbitos para cada cem mil habitantes. Na sequência, estão Aparecida (SP), com taxa de 48,1/100, e Marabá (PA), com 37,8/100. Em 2008, o país contava com 1.294 municípios com 25 mil habitantes ou mais. Esses são os que foram listados no estudo.
No Estado do Rio, o município com a maior taxa de óbitos de pedestres é Itaguaí. Em 2008, segundo o estudo, 16 pessoas morreram atropeladas na cidade, o que corresponde a uma taxa de 15,5 óbitos para um grupo de cem mil habitantes. No ranking nacional desta categoria, Itaguaí tem o 25 pior índice. Já em relação à morte de motociclistas, a cidade do estado do Rio com pior índice é São Francisco do Itabapoana, na 15 posição. A cidade tem taxa de 25,4. Na tabela de mortes em acidentes de carro, Mangaratiba é o município fluminense em pior situação. Com taxa de 26,7, a cidade está na 20ª posição.

Fonte: O Globo