29/09/2010

Vamos falar de sexo ocasional!!

O vídeo diz respeito à uma série de entrevistas feitas por um programa angolano de humor. A série chama-se Fora de Série. As respostas são surpreendentes. Apesar de o português ser um pouquinho diferente, é possível encontrar versões legendadas, mas com qualidade e tamanho inferiores. Esta versão (abaixo) não tem legendas, mas dá para compreender bem as respostas.

Assistam:



Fonte: Youtube

Você conhece seu candidato?

Infográfico muito bom, disponibilizado pela internet, com a biografia completa de cada um dos principais candidatos à presidência. Você conhecerá desde a origem, infância, estudos, vida na clandestinidade, formação, família, atuação e ideias para governo.

Aproveite...

Clique na imagem e será redirecionado ao infográfico


Fonte: Veja

Série - Ajuda para as Eleições 2010 (1)

Às vezes a gente esquece o local da votação...
Às vezes há mudanças no sistema eleitoral e nos colocam em um local diferente para votar...
Saiba aqui, antecipadamente, onde você vai votar...
Clique na imagem e será redirecionado à página do TSE

Fonte: TSE

Notícias Jurídicas (29/9/10)


Séries de Dez (2)

10 Regras do futebol de rua

1. A BOLA
A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.

2. O GOL
O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.

3. O CAMPO
O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos grandes clássicos, o quarteirão inteiro.

4. DURAÇÃO DO JOGO
O jogo normalmente vira 5 e termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

5. FORMAÇÃO DOS TIMES
Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

6. O JUIZ
Não tem juiz.

7. AS INTERRUPÇÕES
No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades:
a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação.
b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa.
c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é Gol.

8. AS SUBSTITUIÇÕES
São permitidas substituições nos casos de:
a) Um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição.
b) Jogador que arrancou o tampão do dedão do pé. Porém, nestes casos, o mesmo acaba voltando a partida após utilizar aquela aguá santa da torneira do quintal de alguém.
c) Em caso de atropelamento.

9. AS PENALIDADES
A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.

10. A JUSTIÇA ESPORTIVA
Os casos de litígio serão resolvidos na porrada, prevalece a lei dos mais fortes ou quem pegar uma pedra primeiro.

Fonte: recebido por email

Séries de Dez (1)

10 Mentiras que toda mãe adora contar

1. Não pode entrar na piscina depois de comer!
Pode reclamar de barriga cheia! Entrar na piscina para se refrescar depois de comer não faz mal nenhum, exceto, é claro, se a água estiver numa temperatura extrema - muito gelada ou escaldante. O que pode ser perigoso é, até duas horas após a refeição, sair nadando feito um louco. A atividade física intensa faz o sangue, que deveria se concentrar na digestão, ser deslocado para acelerar os músculos, o coração e a respiração.
(!) Se o problema não está na água, e sim na atividade física, é claro que tomar um bom banho de chuveiro após as refeições também está liberado.

2. Sai de perto da TV, que estraga a vista!
A luminosidade e os raios emitidos pela telinha, de perto ou de longe, não causam danos permanentes nos olhos de ninguém. O máximo que pode rolar, momentaneamente, é um cansaço da vista ou um ressecamento do globo ocular, porque a pessoa "vidrada" na programação acaba diminuindo a freqüência das piscadas.
(!) Ler com pouca luz ou dentro de um carro em movimento pode até causar dor de cabeça, tontura e outros desconfortos, mas também não estraga a capacidade de visão.

3. Se você não ficar quieto, a caxumba vai descer!
A caxumba em geral se manifesta pelo inchaço das parótidas, glândulas salivares que ficam abaixo da orelha. Ela realmente pode atacar outros tecidos, inchando também os testículos e dando a impressão de que a inflamação "desceu". Mas isso só rola se o sistema imunológico da pessoa estiver fraco. Desde que não debilitem o sistema imunológico, os exercícios físicos estão liberados.
(!) Pouca gente sabe, mas a caxumba pode atacar diretamente os testículos sem se manifestar nas parótidas, ou seja, sem deixar a pessoa com as bochechas inchadas.

4. Chega de usar esse videogame!
Essa lenda cheira mais a disputa pelo controle remoto… Os jogos eletrônicos desgastam a TV na mesma medida que novelas, partidas de futebol, telejornais… Ou seja, qualquer programação que mantenha o monitor ligado. Quanto mais tempo ele permanecer funcionando, mais cedo virão os problemas técnicos.
(!) Imagens estáticas exibidas por muito tempo podem "queimar" a telinha, deixando marcas permanentes. Mas isso vale tanto para games com contadores de pontos fixos como para canais de TV que exibem sua marca no canto da tela.

5. Se você tomar friagem vai ficar gripado!
Gripes e resfriados são doenças respiratórias causadas por vírus que podem ser contraídos pelo ar ou por contato direto entre as pessoas. Até hoje, nenhum estudo provou que seres humanos submetidos a baixas temperaturas - a popular "friagem" - correm mais riscos de contrair essas doenças.
(!) Esse mito pode ser explicado porque, em dias mais frios, as pessoas passam mais tempo aglomeradas em ambientes fechados, o que facilita a contaminação. Além disso, alguns tipos de vírus da gripe se multiplicam mais no inverno.

6. Comer chocolate dá muita espinha!
Alguns estudos até associam uma dieta rica em açúcar com o aparecimento de espinhas, mas não há nada especificamente condenando o chocolate. Além disso, a predisposição genética e as alterações hormonais - comuns na adolescência e em momentos de estresse - é que são os principais responsáveis pelas espinhas.
(!) Essa lenda pode ter surgido porque muitas pessoas tendem a consumir mais chocolate nos períodos em que estão mais tensas ou ansiosas - situações em que os hormônios ficam mais à flor da pele, estimulando as espinhas.

7. Passa um pouco de gelo nessa queimadura!
Poucas mães acertam na hora de dar conselhos sobre como tratar uma queimadura. Em contato prolongado com a pele, o gelo também queima. Além disso, ele pode grudar e descolar a pele que protegeria o local atingido. Pasta de dentes, manteiga e qualquer outro produto caseiro também devem ser evitados.
(!) Em queimaduras leves, a melhor indicação é usar água fria para resfriar a queimadura e evitar a formação de bolhas. Pode ser água corrente, numa bacia ou em compressas.

8. Se não usar óculos, seu grau vai aumentar!
A progressão ou estabilização do grau de deficiência visual acontece naturalmente e varia de pessoa para pessoa. Usar ou deixar de usar óculos não interfere nesse processo. As lentes só servem para corrigir as falhas oculares que atrapalham a formação da imagem.
(!) Os óculos para estrabismo ("vesguice") educam os olhos a corrigir os movimentos descoordenados. Nesse caso, a falta de uso pode resultar numa acomodação permanente da visão com problemas.

9. Quem está com dor de garganta não pode tomar sorvete!
Não caia nessa fria! A inflamação da garganta, que em geral aparece junto com gripes e resfriados, é causada por vírus - e, em alguns casos, por bactérias - que não têm nada a ver com um delicioso sorvete. Pelo contrário! Se a irritação da garganta estiver incomodando muito, um sorvetinho bem gelado até ajuda a aliviar a dor. ESSA É A MELHOR.
(!) Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete, o brasileiro consome em média 2,7 litros de sorvete por ano - só um décimo do consumo per capita da Nova Zelândia, país líder no ranking mundial.

10. Se engolir o chiclete ele gruda no estômago!
Digamos que essa não passa de uma meia-verdade. Graças ao muco das paredes estomacais, o chiclete não fica grudado ali. A tendência é que ele saia junto com as fezes. Mas, se você engolir muitos chicletes, pode dar o azar de eles obstruírem a saída do estômago ou do intestino. Aí, o jeito é apelar para uma cirurgia…
(!) O maior prejuízo que o chiclete provoca no estômago é que a mastigação constante "engana" o órgão: ele acumula suco gástrico à espera de um alimento. Como a comida não vem, esse suco acaba irritando as paredes estomacais, podendo causar gastrite.

Fonte: recebido por email

R.E.M. grava novo álbum

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Disco, com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2011, continua sem nome; em outubro deste ano a banda lançará um DVD ao vivo

O R.E.M. encerrou o trabalho de estúdio de seu novo álbum. Segundo o site Gigwise informou nesta quarta, 22, o 15º disco de estúdio da carreira do grupo ainda não tem um nome, mas está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2011.

De acordo com o site oficial da banda, o R.E.M. passou as últimas semanas na cidade de Nashville, Tennessee (Estados Unidos), fazendo algumas últimas gravações e a mixagem do sucessor de Accelerate (2008). 

O álbum, produzido por Jacknife Lee (que já trabalhou com o grupo em Live at The Olympia e Accelerate), foi gravado majoritariamente em Berlim, Alemanha, antes de ser finalizado nos Estados Unidos.

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Na semana passada, o trio anunciou que chega às lojas em 26 de outubro o DVD R.E.M. Live From Austin, TX. Ele foi gravado no dia 13 de março de 2008 em uma participação da banda no Austin City Limits, o programa musical mais antigo da televisão norte-americana, veiculado pela rede PBS. 

A gravação traz 17 faixas tocadas por eles na performance, inclusive três que não foram mostradas na exibição original do programa.




Originalmente postado por Jerry William no .: Mil Coisas em 22/09/2010

28/09/2010

Brigar com a imprensa é ruim para o país

Briga entre governo e mídia é ruim
para todos, diz Ricardo Kotscho

Por Juliana Iootty e Rafael Spuldar (BBC Brasil)
São Paulo

Ex-secretário de Imprensa do governo Lula, entre 2003 e 2004, o jornalista Ricardo Kotscho avalia, em entrevista à BBC Brasil, que o recente confronto entre o governo e a mídia tem efeitos nocivos para o Brasil.
"Criou-se um clima de beligerância que não é bom, não é bom para o governo, não é bom para o país, não é bom para a mídia", afirma Kotscho, que acumula mais de 40 anos de profissão, muitos deles dedicados ao jornalismo investigativo.
O governo Lula, o PT e a mídia vivem na reta final da campanha eleitoral, poucos meses antes da posse de um novo presidente, um de seus momentos de atrito mais intensos dos oito anos de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A crise começou a ganhar os contornos de confronto a partir da publicação, no dia 11 de setetmbro, de reportagem da revista Veja afirmando que um dos filhos da então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra - que substituiu Dilma no cargo -, comandava um esquema de lobby dentro do Palácio do Planalto, envolvendo inclusive o pagamento de propinas.
A repercussão do caso, com novas denúncias publicadas no jornal Folha de S.Paulo, levou à demissão da ministra, no dia 16.
Lula e a candidata do PT à sua sucessão, Dilma Rousseff, foram ao ataque e desferiram fortes críticas aos veículos de comunicação, com Lula declarando em entrevista que a imprensa "tem partido e candidato" e afirmando que os donos de jornais "deviam ter vergonha".
Na entrevista à BBC Brasil, Kotscho critica duramente o papel da imprensa, diz acreditar que as empresas jornalísticas do país rejeitam uma possível vitória de Dilma e afirma que a mídia está se sentindo "derrotada" no atual processo eleitoral.
Mas o jornalista reserva também uma crítica ao presidente Lula, dizendo que ele está errado em sair a público para criticar o trabalho dos veículos de comunicação.
Kotscho acrescenta ainda que teme pelo futuro das relações entre governo e mídia caso Dilma seja eleita, afirmando que a ex-ministra não tem a mesma capacidade de negociar que Lula.

Leia a entrevista de Ricardo Kotscho à BBC Brasil:

BBC Brasil - A reta final da campanha eleitoral foi fortemente marcada pelo confronto entre o governo do presidente Lula e a imprensa. O senhor, que fez uma carreira como jornalista investigativo e, por outro lado, trabalhou com o governo, o que diria? É possível ser imparcial nesse debate
Ricardo Kotscho - Sempre se discute a neutralidade do jornalismo, a imparcialidade do jornalismo. Eu não acredito nesses chavões, a grande imprensa sempre diz isso, que eles são imparciais. A partir do momento em que a Dilma disparou nas pesquisas e todos os institutos mostraram que ela pode ser eleita no primeiro turno, a impressão que me dá é que bateu um desespero, tanto na campanha da oposição, que radicalizou no discurso, quanto na mídia. E no Brasil hoje, a grande mídia, a velha mídia, ela se confunde... você não sabe onde termina o Jornal Nacional e onde começa a campanha do Serra. Acho que virou uma questão pessoal dos jornalistas e dos donos dos meios de comunicação com o Lula. Eles simplesmente não admitem que Lula tenha sido eleito, reeleito e agora esteja fazendo um sucessor.
Nesta semana, tive uma conversa com o presidente Lula e disse a ele que achava que ele não deveria entrar nessa guerra, não deveria falar da imprensa, deveria esquecer a imprensa. Os dois lados estão errados, acho que o presidente da República não tem que ficar todo dia falando da imprensa, criticando a imprensa. E, do outro lado, a imprensa não pode ser um partido político, agir como um partido político, que é o que está acontecendo. Nesta semana, houve dois atos públicos em São Paulo. Um em defesa da democracia, da liberdade de imprensa, como se a liberdade de imprensa estivesse ameaçada, e outro, no Sindicato dos Jornalistas (de São Paulo), uma manifestação dos partidos aliados do governo e do movimento sindical, contra o golpismo midiático, contra esses órgãos de imprensa que estão fazendo campanha a favor do Serra e contra a Dilma.
Este é o momento que estamos vivendo agora. Eu não gosto disso, acho que não é bom para o país, não é bom para a democracia brasileira. Mas não é como alguns tentam fazer parecer, que estamos à beira de uma guerra civil, que a democracia está ameaçada, isso não existe. A liberdade de imprensa não está ameaçada. Você pega qualquer veículo, liga qualquer TV, ouve qualquer rádio, nunca tivemos tanta liberdade quanto temos hoje. Eu acho que essa liberdade está sendo abusada, mal usada.
BBC Brasil - O senhor está dizendo que deveria haver um limite à liberdade de imprensa?
Kotscho: Não, não um limite para a liberdade de imprensa. Eu defendo a autorregulamentação da profissão. O espírito do Conselho Federal de Jornalismo, de cuja discussão eu participei quando estava no governo, era o de criar uma entidade - como há em todas as profissões no Brasil - para zelar pela profissão, em defesa da própria profissão e em defesa da sociedade. O modelo que eu acho que funciona muito bem, que nós temos há 30 anos no Brasil, é o modelo do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Com o fim da Lei da Imprensa, que todo mundo era contra, que era da época da ditadura, não ficou nada no lugar.
BBC Brasil - A Justiça não deveria cumprir esse papel?
Kotscho: Não cumpre. Foi esse o argumento que usaram quando acabaram com a Lei de Imprensa: não precisa pôr nada no lugar porque o Código Penal e o Código Civil já têm (mecanismos de controle). Não têm. Por exemplo, tem uma questão que eu acho básica, que é o direito de resposta., que a Justiça leva anos para decidir. Esse é um direito básico da sociedade. O controle jamais pode ser exercido pelo Estado. Quando se fala em conselho profissional, não tem nada a ver com o Estado. Eu lamento, como jornalista, essa situação da imprensa, e, como cidadão, esse clima que se criou, que é errado. A imprensa não tem que disputar a eleição, tem que cobrir a eleição, testemunhar, relatar. E do outro lado, acho que o governo foi muito longe nessa briga com a imprensa.
BBC Brasil - O quão longe?
Kotscho - Criou-se um clima de beligerância que não é bom, não é bom para o governo, não é bom para o país, não é bom para a mídia.
BBC Brasil - Se Dilma for eleita, como indicam as pesquisas, o que fica de legado desse confronto? Como será a relação de um possível governo seu com a mídia?
Kostcho - Essa é minha preocupação.
BBC Brasil - Qual o pior cenário?
Kotscho - Acho que um cenário de confronto. Pelo que os grandes meios (de comunicação) mostraram até agora, eles não aceitam a eleição da Dilma, não só por questões políticas, ideológicas, econômicas, mas por uma questão pessoal mesmo. Não aceitam o Lula e, por tabela, não aceitam a Dilma, e a desqualificam. Eu não sei como vai ser esse diálogo.
Lula, mesmo com toda aquela antiga imagem radical, de líder sindical, na verdade sempre foi um negociador, desde os tempos de sindicato. Conversava com todo mundo, com os donos das empresas, dirigentes patronais. A Dilma não tem essa prática que o Lula tinha de falar com o diferente, de dialogar, de conversar horas para tentar chegar a um acordo. Então não sei como é que vai ser.
BBC Brasil - Nós estamos falando do confronto entre governo e mídia, mas precisamos pensar que existe também um público. E, aparentemente, os efeitos desse embate não estão sendo sentidos com grande força, em termos de pesquisa de opinião. Como fica o público no meio desse confronto?
Kotscho - Essa é a questão central, que acho que explica o que está acontecendo. A mídia está se sentindo derrotada, não é o José Serra que está perdendo. No começo, faziam matérias mais simpáticas ao Serra, mais críticas a Dilma, mas dentro da "margem de erro", vamos dizer assim. De uns tempos para cá, não. É matéria sobre o passado da Dilma, sobre os antepassados búlgaros. Eu acho que eles não aceitam mais uma derrota. E como é que fica o freguês? O eleitor, o consumidor de informação, o leitor? Eu acho que eles não pensaram nisso.
A guerra é tão insana, atingiu um estágio tão forte, tão dramático, que as pessoas não estão mais acreditando. As pessoas não acreditam mais no que diz o Jornal Nacional, a TV Globo, a Veja. As pessoas estão deixando de assinar revistas e jornais, recebo muitos comentários aqui no meu blog falando isso. É preciso ouvir o que pensa o público.
BBC Brasil - O senhor fala de clima de beligerância e de confrontos, mas todo esse imbróglio emana de denúncias, de fatos que foram verificados, não foram desmentidos, e que culminaram com a renúncia da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e de outras figuras do governo. Então perguntamos, o papel da mídia, diante desses fatos, não é o de reportar em interesse do público, de fazer essas denúncias
Kotscho - O papel da imprensa é reportar o que se sabe. O que é estranho é que é muita coincidência. Os fatos noticiados não são de agora. O caso do sigilo fiscal já vem de bastante tempo, do ano passado. Mesmo as denúncias da Casa Civil não são da semana passada. O que é estranho é que é muito planejamento. A Veja deu três capas seguidas com denúncias. A história do sigilo fiscal não teve efeito na pesquisa. Mas essas denúncias (sobre a Casa Civil), segundo o Datafolha, começam a fazer. Se esses problemas existem mesmo, e não estou negando que existam problemas no governo, por que só agora apareceram, por que só agora foram denunciados? Será que foram mesmo os repórteres dos veículos que levantaram essas histórias ou não haveria aí uma central de escândalos, de denúncias? Tudo o que foi denunciado é questão de polícia, tem que demitir, prender, processar. Agora, a consequência eleitoral de tudo isso, isso tudo vir à tona agora, a poucos dias da eleição... Não tenho provas, mas é estranho que isso aconteça agora.
BBC Brasil - Mas a despeito do momento em que isso está sendo publicado, o senhor acha que há uma outra opção? Qual seria a saída? Não denunciar?
Kotscho - Primeiro, denunciar. Quanto a isso, nenhuma discussão. Todo fato conhecido deve ser publicado. Mas durante uma semana, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagens sobre o passado da Dilma, sobre o sujeito que fez campana na casa dela em Porto Alegre, sobre seus antepassados búlgaros, problemas que ela teve quando foi secretária (de Energia, Minas e Comunicação) em 1994... Então eu pergunto o seguinte: os outros candidatos não têm passado? A população não tem direito de conhecer a história do José Serra, da Marina Silva? Não saiu uma matéria sobre isso. A imprensa tem que mostrar sempre os dois lados.
BBC Brasil - Mas Dilma é uma figura pública relativamente recente em termos políticos, há muita coisa dela que não se conhece.
Kotscho - Concordo plenamente, a Dilma é mais desconhecida que o Serra. Mas o Serra tem um passivo muito maior. Até por conta do tempo dele na política, ninguém passa impunemente por 40 anos na política no Brasil, então não é possível que em 40 anos não tenha nada (sobre José Serra) para que o eleitor saiba e possa julgar a quem é melhor dar seu voto. Porque, no fundo, se trata disso.
BBC Brasil - Na sua opinião, há como dizer que a imprensa está extrapolando seu papel de fiscalização, controle, porque ela desagrada e confronta o governo? Onde e quando pode, se isso é possível, se decidir que a imprensa deixou de servir como uma salvaguarda da democracia?
Kotscho - Tudo depende do momento histórico, da circunstância. Essa mesma mídia da qual estamos falando hoje, sem exceção, apoiou o golpe de 1964. Apoiou não só em editoriais, mas com alguns de seus dirigentes participando de reuniões que levaram ao golpe. São as mesmas empresas de 1964. Em 1968, houve uma divisão, porque o Estado de São Paulo, que foi um dos jornais mais entusiastas do golpe, rompeu com os militares e partiu para a resistência, não aceitou a censura. Os outros aceitaram a censura passivamente até o fim. A Veja na época também não aceitou.
A imprensa teve um importante papel no final da ditadura, mostrando o movimento social, que estava crescendo. Mas não podemos esquecer que, em 1984, houve um momento muito importante no Brasil, que foi a campanha pelas Diretas. Para se ver que a história não é linear, e que não dá para se falar da imprensa brasileira, porque varia de um momento para outro. No começo, o único jornal que cobria a campanha pelas Diretas era a Folha, onde por acaso eu trabalhava. Os outros eram contra. E só entraram aos poucos, à medida que a população foi crescendo nas ruas, quando já não dava mais para ignorar.
Então não dá para se ter uma visão da imprensa como uma coisa monolítica, ela vai muito ao sabor dos seus interesses, das circunstâncias políticas do país.
BBC Brasil - Existe, na sua opinião, uma relação ideal entre mídia e governo?

Kotscho - Não existe, é impossível. Em nenhuma época, em nenhum país do mundo. Governo e imprensa são inconciliáveis, têm um tempo diferente, uma natureza diferente.

Eu vi em UOL Notícias

Dois pesos, duas medidas...

Estadão: censura tucana pode,
no Tocantins não pode

Ao que parece, o jornal utiliza dois pesos e duas medidas (grifo meu)

O Estadão dedicou sua manchete de hoje e duas páginas inteiras, sem nenhum anunciozinho, à eleição para governador no Tocantins. E o que está acontecendo lá que mereceu tanto espaço do jornalão paulista? Um desembargador do TRE local vetou a divulgação de informações sobre investigações do Ministério Público de São Paulo relacionadas ao candidato a governador pelo PMDB, Carlos Gaguim.


A decisão é realmente questionável, mas o Estadão não mostrou a mesma indignação e nem cedeu espaço comparável à decisão da Justiça Eleitoral do Paraná de impedir a divulgação de pesquisas eleitorais. Aliás, que eu visse, nem publicou uma linha.

O que será que difere um caso do outro, que levou o Estadão a se mobilizar tanto e a protestar contra censura no Tocantins e a não reagir da mesma forma no Paraná? O que terá levado o jornal a não agir com a imparcialidade que tanto apregoa?

O motivo é simples. A proibição de divulgar informações sobre as investigações do MP no Tocantins veio da coligação que apóia o candidato do PMDB e é formada por 11 partidos, entre eles o PT, como destaca o Estadão logo na chamada da primeira página. Já a decisão da Justiça Eleitoral de vetar a divulgação das pesquisas no Paraná foi pedida pela coligação do candidato Beto Richa, do PSDB, mesmo partido do candidato à presidência que o Estadão apóia.

No Paraná, Datafolha, Vox Populi e Ibope estão proibidos de terem suas pesquisas ao governo do estado divulgadas. A do Datafolha é feita em conjunto com a Folha de São Paulo. A do Vox Populi é parceria com a Band. E a do Ibope foi encomendada pela emissora de tv local RPCTV. Mas nem a associação das pesquisas com tradicionais órgãos de comunicação causou tanta indignação quanto o caso do Tocantins.

Contra ele, levantaram-se diversas vozes, como a indefectível Associação Nacional de Jornais (ANJ) e sua parceira das emissoras de televisão (Abert), assim como logo se pronunciou o candidato José Serra, afirmando que a decisão da Justiça Eleitoral do Tocantins esconde um “estelionato eleitoral de esquema político do PT”. O mais curioso é que quebraram a cara, pois a coligação do governador já foi ao Judiciário esclarecer que a proibição que pede é só para o uso eleitoral das acusações. Portanto, não pedem censura alguma aos jornais.

Se a decisão do juiz do TRE do Tocantins põde ser considerada censura à imprensa a da Justiça Eleitoral no Paraná também o é. E o tratamento diferente dado pelo Estadão e outros veículos da grande mídia ao caso revela que atribuem diferentes pesos a sua cobertura jornalística de acordo com os interesses eleitorais que defendem.

Fonte: Eu vi no Blog do Amoral Nato

27/09/2010

Chuva?! Hein?! O que é isso mesmo?!

Será que realmente chove esta semana em Palmas?
Segundo o CPTEC, chove sim, confere abaixo:


Clique na imagem para vê-la maior


Fonte: CPTEC