No caso do P.U.M.A., as rodas são equipadas com giroscópios, permitindo o equilíbrio do veículo, que pode chegar a quase 60 quilômetros por hora (o dobro do máximo conseguido pelo SegwayPT). O N.E.V. (sigla em inglês para Veículo Elétrico para Vizinhança), funciona a partir de uma bateria a base de lítio-íon e pode andar até 56 quilômetros com uma só carga. “Nós entendemos que 56 quilômetros em uma cidade são bastante razoáveis para apenas um dia”, afirmou para o jornal NY Times o presidente da Segway, James Norrod. “Depois você retorna para casa e recarrega [o veículo] durante a noite”, completa.
Uma recarga de três horas custaria somente US$ 0,35. No entanto, a General Motors diz não haver planos para a venda do protótipo. A medida veio depois que a GM perdeu espaço no mercado norte-americano e mundial apostando em modelos S.U.V. (utilitários esportivos) enquanto outras empresas como a Toyota lançavam veículos mais econômicos como o híbrido Prius.
Para John DeCicco, sócio sênior do Environmental Defense Fund, ONG internacional protetora dos direitos ambientais, o P.U.M.A. é “bastante especulativo”, disse ao NY Times. No entanto, é possível observar a iniciativa não como apenas um produto, mas um sinal da mudança de consciência das pessoas. “Começa com os sapatos, passa para bicicletas e eventualmente, para o Hummer”, afirma, fazendo referência ao grande utilitário esportivo da GM, um desastre ambiental em termos de eficiência energética. A chave da questão, entretanto, é questionar se esse tipo de proposta é mais vantajoso do que “gastar dinheiro para viabilizar cidades mais adaptadas para pedestres ou ciclistas”, problematiza.