11/03/2011

Artigo - "Por esses 'bons exemplos', o inferno agora é aqui"

Por esses “bons exemplos”, o inferno agora é aqui


A cada dia me surpreendo mais com a banalidade da mídia e de alguns artistas que são idolatrados por jovens e gerações inteiras. Isto porque enquanto se fala de prostituição, violência, corrupção, uso de drogas e todo tipo de miséria humana, esses ditos “exemplos”  praticam atos nada recomendáveis, quando deveria ser justamente o contrário.

Vamos a uma análise simples:
No interior do Brasil de hoje, a violência cresce assustadoramente. São jovens dominados pela droga que acabam se prostituindo, cometendo crimes bárbaros, muitas vezes com retoques hollywoodianos. A engenhosidade de alguns crimes, assaltos, sequestros e outras práticas remetem a filmes de Stalone, Steven Seagal e outros ídolos da produção “cultural” americana. Mas é simples de compreender. Os nossos jovens aprenderam tudo com o cinema americano. Pior: passaram a ver o crime de forma cinematográfica, encantadora, como se praticassem um ato heróico, ou coisa assim.
Nas telenovelas, a mesma coisa se repete. A tônica das produções da teledramaturgia sempre gira em torno de intrigas, de crimes, de trapaça, corrupção, sexo explícito, homossexualismo, traição, mentiras, e por aí vai. O sujeito honesto, de bom coração, é vendido como abestalhado, ultrapassado, fora da realidade. O vilão atrai o público por sua audácia, sua coragem de fazer coisas inacreditáveis, horripilantes, mas atraentes. São figuras ora dóceis, ora frios, calculistas, inescrupulosos. Mas a mídia foca o “encanto do personagem”. Os gays, por sua vez, são mostrados com uma sutileza genial, são diferentes, contestadores da realidade, encantadores porque buscam o estilo de vida ideal, são figuras idealizadas. Nada contra os homossexuais, mas eles são tão comuns e problemáticos quanto os héteros, podem ter bom ou mau caráter, bom e mau comportamento…enfim, ser um bom ou um péssimo  exemplo de cidadão brasileiro. Nada também contra quem queira ser errado, ser vilão. O que sou contra é esses indivíduos serem mostrados para a minha família como exemplos, como ícones de uma geração contestadora, multicultural, multirracial, multisexual ou multi-sei-lá-o-que!
Nas propagandas a mesma coisa se repete. As de cerveja, do mesmo modo, exibem jovens bem resolvidos, de rostos angelicais, engraçados, elegantes, moças lindas, joviais, loiras, morenas, esbanjando energia, sensualidade, prazer, mas…todos enchendo literalmente a cara de álcool, vivem no boteco, são bebuns. Para mim, não passam de grandes idiotas! Nas telas, artistas como Ivete Sangalo dão o tom da alegria, tudo é festa. É um simples “Cervejão”, com eco de “ão” e tudo. E, mais uma vez,  questiono: esses são exemplos a serem seguidos? Claro que não! Mas os jovens, infelizmente, não estão preparados para se proteger.
Ao ver nos telejornais diários as Crackolândias de São Paulo, de BH, do Rio, de Brasília e de praticamente todos os grandes centros urbanos brasileiros, concluo que a situação é totalmente desfavorável para quem tem filhos e quer vê-los trilhar o caminho do bem. Por isso, a responsabilidade dos pais é cada vez maior, e a preservação da família, mais necessária.
Para quem ainda se orgulha de ser honesto, de fazer as coisas corretas, de procurar subir na vida pelo trabalho, com seus próprios esforços e sem prejudicar o próximo, digo que há, sim, recompensas. A maior delas é poder olhar o mundo de cabeça erguida, com a consciência tranquila de quem quer apenas existir de forma simples, natural, nem que para isso passemos por idiotas, abestalhados, ultrapassados ou sem futuro. Afinal de contas, viver é muito mais do que apenas existir. Viver é ter dignidade. Existir é ser mais um perdido no absurdo vulto da multidão.

Eu vi no Blog do Claudivan