04/10/2010

Ainda sobre a suposta "inerrância" das pesquisas

A nota vem de outro veículo também, hoje e de algum tempo, não muito quisto em algumas esferas. Mas a análise do blog de Reinaldo Azevedo dá pra engolir, porque o mapa que as pesquisas desenhavam, por fim, se mostraram distantes da realidade das urnas... Leia e tire suas próprias conclusões...

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O leitor Feliciano Maduro decidiu juntar dois mapas. As áreas vermelhas indicam vitória de Dilma; as azuis, de Serra; o que está em cinza, indefinição.
Pois bem: à esquerda, vocês têm o Brasil como o Ibope disse que ele era no dia 2. À direita, o Brasil que saiu das urnas um dia depois.
Não fosse a estúpida loquacidade dos responsáveis pelas pesquisas no Brasil, que passaram a falar mais do que diziam seus números já perturbados, há esse constrangedor contraste.
Ainda falaremos muito sobre pesquisas nos próximos dias e os analistas que se tornaram contínuos ou do erro ou da má fé. Os “especialistas em pesquisa” do Estadão, Daniel Bramatti e José Roberto de Tolerado, deram o seguinte título para a reportagem sobre os mapas de votação: “Marina tira eleitores de Dilma, que perde em mais estados do que se previa”.
O que faz aí este “se” como índice de indeterminação do sujeito, cara pálida? Quem previa? Preparem-se para a reação corporativista dos institutos. Reivindicarão o direito de continuar declarando que estão certos, mesmo errados. O resultado de seus levantamentos nos estados também é uma tragédia. Daqui a pouco um deles sai da toca para acusar os críticos de “obscurantistas”. Os honestos tratem de rever sua ciência, coisa que os desonestos não farão, é claro! Em qualquer dos casos, os loquazes diretores de instituto devem falar menos e acertar mais.

Fonte: Veja