Fonte: Jornal Extra Alagoas
Lubrificantes íntimos, para serem distribuídos aos homossexuais
POR MARCUS ARANHA
O Ministro da Saúde, o sr. Temporão, autorizou a compra de 15 mil tubos de lubrificantes íntimos, para serem distribuídos aos homossexuais. O lubrificante se destina a facilitar o coito anal entre eles, diminuindo qualquer sensação dolorosa.
Segundo a imprensa e a internet, a cortesia feita aos gays custou aos cofres públicos a bagatela de 40 milhões de reais. A Saúde Brasileira que Lula já disse "ter atingido quase a perfeição" é um desastre. O caos é generalizado.
Ao amanhecer do dia de Natal quando procurava identificar no Hospital do Trauma, meu motorista desaparecido no dia anterior, encontrei dezenas de pessoas "alojadas" no setor de emergência. Gente em camas, em macas e no chão mesmo. E eu a olhar rosto por rosto. Ali todos os médicos e paramédicos, atendentes, enfermeiros e maqueiros, trabalhavam intensamente, moviam-se sem parar numa verdadeira loucura.
Achei Marinaldo na sala de recuperação pós anestésica num leito com uma placa "não identificado", entubado, com o crâneo enfaixado com um aviso escrito sobre a fronte: "sem osso". Fizeram-lhe a craneotomia para descomprimir e não conseguiram colocar o cérebro inchado no lugar. Ficou coberto somente com a pele.
Comecei a lutar por uma vaga na UTI, onde, junto com um milagre de Deus ele poderia ter uma mínima chance de ficar vivo. Todos os leitos de UTI estavam ocupados com doentes graves. Só no fim da tarde conseguimos coloca-lo na UTI.
Marinaldo entrou em morte encefálica e, já no sábado à noite, começaram a captarem-lhe os órgãos: córneas, rins, fígado e o coração. Sepultei Marinaldo na segunda feira, quando cessou meu pesadelo.
O leitor pergunta: o que é que tem isso a ver com lubrificante íntimo para homossexuais?
Tem sim! O Sr. Ministro da Saúde gastou 40 milhões de reais para que homossexuais possam ter relações sexuais mais confortavelmente, achando bem bom!
Um trabalhador jovem pai de filhos menores pode morrer só por falta de um leito de UTI. Um gestor de saúde sério, sem receber propina ou "participação", com 40 milhões, monta 160 leitos excelentes de UTI, a 250 mil reais cada um.
Nos hospitais públicos e nos hemocentros brasileiros falta bolsa para coleta de sangue e os hemoderivados fatores VIII e IX da coagulação, essenciais para a sobrevivência dos hemofílicos. Nas Secretarias de Saúde faltam remédios de uso contínuo para cardíacos e para doentes renais. Faltam vacinas...
Um doente renal espera 6 anos numa lista de transplantes fazendo hemodiálise 3 vezes por semana. Um tortura: duas furadas na veia com uma agulha da grossura de um prego e 4 horas sentado junto de uma máquina de diálise. Depois sai cambaleante, pra começar tudo de novo, depois de um dia de "descanso". Um dia, a felicidade bate na porta dele, pois chamam-no para receber um rim de um doador, como foi Marinaldo.
Tempos depois, recebe a notícia que na Secretaria de Saúde acabou o medicamento imunosupressor que evita a rejeição do rim que mantém a vida dele. Enlouquece a família, faz-se cotas e rifas, pede-se até esmolas para que ele não morra. Vai-se até à justiça e o tempo passando antes que arranjem o remédio, muitas vezes quando o processo de rejeição já começou.
Poeta popular vê a "Bolsa-Vaselina"
A decisão do Ministério da Saúde de adquirir gel lubrificante para "reduzir os danos" nas relações sexuais anais, revoltou muita gente, mas inspirou o poeta popular Miguezim de Princesa, que, com muita graça, compôs o cordel "Bolsa-Vaselina". O talento de Mieguezim de Princesa ultrapassou fronteiras. Seu trabalho será objeto de estudo do Trinity College (EUA), por iniciativa de Eric Galm, pesquisador de música brasileira e professor de etnomúsicologia, que escreve um livro sobre essa expressão de cultura popular no Brasil.
Leia abaixo o cordel "Bolsa-Vaselina":
I
Sem ter mais o que doar,
O Governo da Nação
Resolveu, virando os olhos,
Gastar mais de R$ 1 milhão,
Doando para os viados
Bolsa-lubrificação.
II
Quem tem o seu pode dar
Da forma como quiser
Seja feio, seja bonito,
Seja homem ou mulher,
E tem de agüentar o tranco
Da forma como vier.
III
O Governo Federal,
Que em tudo quer se meter,
Decretou que o coito anal
Tem mas não pode doer
E o Bolsa-Vaselina
Surgiu para socorrer.
IV
Quinze milhões de sachês:
A farra está animada!
Vai ter festa a noite inteira,
Até mesmo na Esplanada,
Sem ninguém sequer sentir
A hora da estocada.
V
Coitada da prega-mãe,
Vai perder o seu valor,
Pois é ela quem avisa
Na hora que aumenta a dor
E protege as outras pregas
De algum violentador.
VI
O governo quer tirar
Do gay a satisfação,
Como mulher sem praze
(Fonte de reprodução),
Porque tanta vaselina
Vai tirar a "sensação".
VII
- É para reduzir danos
- Defende logo um petista.
Porque na hora do coito
Dá um escuro na vista
E a dor é tão profunda
Que eu sinto dó do artista.
VIII
- Mas tu já desse, bichim?
- pergunta Zé de Orlando.
O governista sai bravo,
Dando coice e espumando,
Pega o "rabo de cavalo"
E sai no dedo enrolando.
IX
O Brasil é mesmo assim:
Prostituta tem prazer,
Vagabundo tira férias,
Se trabalha sem comer
E quem dá o ás-de-copas,
Dá mas não pode doer.
X
O governo resolveu
Dar bolsa pra todo mundo
E criar um grande exército
De milhões de vagabundos
Só faltava esta bolsa
De vaselinar os fundos.