Há pouco mais de três meses, a Polícia Militar formou em Palmas, mais um grupo especializado de policiamento, a Ronda Ostensiva com Táticas Metropolitanas, mais conhecida como Rotam. A tropa de elite já está operando na capital e tem como principal função reprimir crimes mais graves como roubo de alto porte, tráfico de drogas, ações de quadrilhas, entre outros. A princípio é uma boa notícia. Mais segurança para o cidadão e um avanço na luta contra o crime e a violência. Mas, nossos novos agentes podem estar com problemas psicológicos ou até mesmo terem interpretado totalmente errado o curso de formação e instrução para defender a ação de bandidos profissionais, pois a maioria está agindo de forma equivocada na abordagem do cidadão ou suspeito. Ações do tipo ameaças, tortura, e pressão psicológica já estão acontecendo nas ruas de Palmas e o pior, partindo do lado de quem deveria levar a segurança à população.
No último domingo 15, o estudante de Jornalismo e funcionário público, M.V.A, 25 anos, ao sair da casa de uma amiga, por volta das 01:30 da madrugada, na avenida NS 04, percebeu que estava sendo seguido por um carro com faróis apagados, então o estudante resolveu se distanciar para ter certeza da perseguição. Aumentando a velocidade de seu veículo, um pálio da cor preta, conseguiu chegar às proximidades da Avenida Teotônio Segurado, avistou uma viatura da Polícia Militar com sirene e faróis acesos, o que se julga certo e normal em uma Ronda policial. Sendo abordado pelo carro da polícia M.V.A pensou estar em segurança com a presença dos militares, foi aí que descobriu quem o estava seguindo, nada menos que a Rotam!
O estudante ainda tentou convencer em vão os agentes, alegando faróis e sirenes apagadas, causando uma descaracterização de uma abordagem policial, mas mesmo assim, teve seu carro e documentos revistados. Não apresentando nenhuma irregularidade foi submetido psicologicamente a fazer o teste do bafômetro. Conhecedor de seus direitos e dentro da lei o estudante recusou a fazer o teste, causando uma insatisfação nos operacionais da Rotam. Agindo de forma errônea os agentes guincharam seu carro, apreenderam seus documentos e o colocaram algemado dentro de um porta-malas da viatura nº 05-776 acompanhado de spray de pimenta e ameaças desaforadas do tipo emocional, partindo daí o terror!
A vítima foi levada a uma estrada de chão próximo a pista do antigo aeroporto de Palmas, ao descer do veículo foi interrogada com tortura e espancamento, coisas do tipo "rezar o pai nosso" cantar a musiquinha da Rotam e ameaças de morte fizeram parte dos aproximadamente trinta minutos que o estudante ficou em poder dos abusadores de autoridade. No final de toda essa tática ostensiva, desconhecida de ser um procedimento legal da polícia, seja ela em qual âmbito for, os agentes levaram M.V.A à 1ª Delegacia de Polícia Circunscricional 1º DPC, onde foi registrado ocorrência como direção perigosa, em seguida o estudante tomou a iniciativa de procurar o Instituto Médico Legal (IML) para perícia de corpo delito.
Diante desse fato, que pode ser tratado até como um problema social; abuso de poder, desrespeito ao cidadão, onde está nossa segurança? Será se podemos confiar nesses irracionais que acham fazer a lei? Será se eles realmente conhecem a lei? Pois bem, M.V.A ficou com hematomas e marcas no corpo, esse tipo de ferimento irá desaparecer brevemente, mas o terror que ele sofreu certamente ficará marcado na sua memória. Por Walquerley Ribeiro Estudante de Jornalismo Ceulp/Ulbra (Palmas - Tocantins)
Nota do Editor:
A Polícia Militar enviou réplica sobre o assunto.
Por decisão do editor, mantivemos o nome do acusado apenas com as iniciais.
Confira abaixo: