30/09/2010

Mãe morre, mas deixa "manual" para marido cuidar dos filhos


Reprodução
Kate Greene morreu aos 37 anos de câncer no seio. Casada desde os 27 com John, teve dois filhos: Finn, 4 anos, e Reef, 6. Entre a descoberta da doença e a morte, tempo que durou 2 anos, ela preparou uma lista com 100 instruções para a criação dos filhos. Estão incluídos itens como uma visita à praia que ela frequentava como criança, uma viagem à Suíça, onde o marido lhe pediu em casamento e o acompanhamento de uma partida internacional de rugby.

A britânica também deixou registrado os princípios básicos que ela quer que sejam passado aos meninos, como por exemplo o tratamento sempre respeitoso dado às futuras namoradas. Ela deseja ainda que os filhos não fumem, evitem andar de moto e não entrem nas Forças Armadas. Para o marido, Kate recomenda que compre uma mesa de jantar grande para que a família possa comer junta, que beije os garotos duas vezes antes de dormir, toda noite. Surpreendentemente, ela pede a John que encontre outra mulher para que os filhos possam crescer sob uma influencia feminina.

O marido contou ao jornal Daily Mail que já colocou algumas coisas em prática: comprou a mesa de jantar e tem planos de levar os meninos para verem uma partida de rugby entre a Inglaterra e a Irlanda em Dublin. “Perder Kate foi devastador, mas, realizando todos os desejos dela, sinto que ainda temos um laço afetivo”, afirmou John.

A luta de Kate contra o câncer começou quando ela e o marido descobriram que o caçula, Reef, na época com 2 anos, tinha a doença. Os médicos deram ao menino apenas 6% de chance de sobrevivência, pois se tratava de um tumor agressivo no abdômen da criança. A quimioterapia intensiva, que foi necessária antes da cirurgia de remoção do tumor, danificou os nervos das pernas de Reef – os especialistas diziam que ele não voltaria a andar. Contudo, para espanto de todos, o menino se recuperou e não teve seqüelas.
Passado os transtornos com caçula, foi a vez de Kate descobrir, em 2008, que ela tinha câncer. Mesmo com 18 meses de quimioterapia era evidente que a doença havia se espalhado por seu corpo.

“No final, eu a minha mulher sabíamos o que ia acontecer. Nos conhecíamos desde os 16 anos, não precisamos dizer uma palavra um para o outro”, disse John ao jornal britânico.

Segundo o marido, Kate demorou 4 horas para elaborar a lista com as instruções do que ele tinha que fazer com os meninos. Nas ultimas semanas dela, a família toda também cumpriu uma séria de desejos da britânica, e entre eles estava o de visitar a Disney, na Flórida. Para John, o mais difícil da lista é encontrar outra mulher. “Eu já havia achado a minha alma gêmea”, disse o homem. 

Fonte: Revista Crescer